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Calvinismo x Arminianismo

Predestinação e Eleição Condicional

INTRODUÇÃO

A reflexão sobre o tema deve começar com duas perguntas importantes: Armínio defendia um conceito de presdetinação e eleição? O que levou dois teólogos pensarem caminhos distintos interpretando os mesmos textos sobre Graça, Salvação, Soberania, Predestinação, Eleição, Expiação limitada, Deprevação total?


A primeira resposta poderá parecer paradoxal, mas não é: Armínio defendia um conceito de eleição e predestinação, porém, na contramão dos postulados de Calvino. A segunda resposta, é simples. Ambos cometeram erros na interpretação dos textos relacionados aos temas, contudo, isso não significa que ambos não defendam com embasamento alguns conceitos.


O presente artigo visa abordar as ideias de Armínio, em detrimento dos pensamentos de Calvino, sobre o tema Predestinação e Eleição Condicional. Os conceitos de ambos teólogos são interdoutrinários, ou seja, são sistematizados numa correlação doutrinária, entretanto, por perspectivas diferentes. Por exemplo, a passagem de o apóstolo declarou que;


κατὰ πρόγνωσιν θεοῦ πατρός, ἐν ἁγιασμῷ πνεύματος, εἰς ὑπακοὴν καὶ ῥαντισμὸν αἵματος Ἰησοῦ χριστοῦ· χάρις ὑμῖν καὶ εἰρήνη πληθυνθείη. (1 Pet. 1:1 BYZ)


(...)"escolhidos de acordo com o pré-conhecimento de Deus Pai, pela obra santificadora do Espírito, para a obediência a Jesus Cristo e a aspersão do seu sangue: Graça e paz lhes sejam multiplicadas".


Este texto tem sido interpretado como fundamento para sustentar a tese da predestinação, mas qualquer estudioso do NT grego, ao analisar a estrutura frasal, setenças e termos empregados, percebera que o texto não trata da predestinação, isto é, do conceito de que Deus tenha escolhido uns para o céu e outros para o inferno, ou melhor, uns foram escolhidos antecipadamente para desfrutarem a eternidade com Deus , e outros com o diabo.


Antes, de abordar os pensamentos de Arminio, analisaremos alguns termos empregados na sentaça.


A apostolo inicia a oração empregando o termo πρόγνωσιν θεοῦ, uma palavra composta por dois termos, formando um subtantivo feminino singular, no caso acusativo. Formado por προ, antes, previo, o que vem antes » γνοσις, saber, conhecimento, o que permite a tradução, pre-conhecimento, pres-ciencia\presciencia, assim pode-se chegar ao conceito de que, há a previsão passiva da parte de Deus do que os indivíduos irão fazer, sem o predeterminar de suas ações.


Destarte, a presciencia diz respeito ao atributo de Deus, a Sua capacidade de ver as açoes futuras do homem, mesmo antes que ele as pratique, ou mesmo do seu destino final. O termo πρόγνωσιν é empregado junto ao termo προώρισεν, predestinar. Mas, será que declaração de Paulo se refere a predestinação de pessoas para um fim predeteminado?


Ὅτι οὓς προέγνω, καὶ προώρισεν συμμόρφους τῆς εἰκόνος τοῦ υἱοῦ αὐτοῦ, εἰς τὸ εἶναι αὐτὸν πρωτότοκον ἐν πολλοῖς ἀδελφοῖς· (Rom. 8:29 BYZ)


Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. (Rom. 8:29 ACF)


Aqui o real conceito de predestinação, visto como , um projeto a ser alcançar sob o prisma do desejo, vontade e escolha de Deus para aqueles que creem em Jesus. Apesar do verbo προώρισεν ser empregado no indicativo aoristo ativo, compreendendo uma ação concluida, ou completada no passado, isso reforça a tese de que, a predestinação é reside no projeto ultimo de Deus para os salvos, isto é, para serem conformes à imagem de seu Filho, e tambem, para a obediência a Jesus Cristo.


Assim fica claro que o plano de Salvação determinado por Deus tem como fim a obediencia, e a obediencia não é um ato volutario, ja que, o Espirito Santo condiciona os predestinados a obedecer, ora, se pensamos assim, a predestinação revela um Deus seletivo e cruel, justificando-se tal premissa sob a tese da soberania de Deus.


Ao lermos Tito 2.11 fica evidente que, a Graça é quem orienta o cristão sobre como deve viver, pois, ela, a Graça que, Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, (Tit. 2:12 ACF), asssim, estaria o escritor discordando de Pedro?


(...)"escolhidos de acordo com o pré-conhecimento de Deus Pai, pela obra santificadora do Espírito, para a obediência a Jesus Cristo e a aspersão do seu sangue: Graça e paz lhes sejam multiplicadas".


A salvação é um ato da soberania, amor e Graça de Deus, entretanto, Deus não seria amado por aqueles que foram programados para involuntariamente amaLO, seria? Ao obedecer a doutrina de Deus, orinetados pela Graça, o homem nao é sujeito da ão, visto que, é Graça quem o conduz mediante a doutrina de Deus.


Para Calvino, Deus elegeu individulamente cada ser humano para um fim, já Armínio entendeu a eleição de forma condicional, e coorporativa. Com se extrai de seus pensamentos, Arminio jamais negou a doutrina da predestinação, apenas a interpreta de forma diferente. Calvino parte da ideia que Deus escolheu pessoas e as predestinou, Armínio defende a ideia de um projeto que se revela na Igreja, um projeto oculto na mente de Deus e quem foi revelado, manisfestado em Cristo, Igreja e Cristo predestinados.


Arminio parte da tese de que, a predestinação foi o “decreto eterno e gracioso de Deus em Cristo, pelo qual ele determina justificar e adotar crentes, e os dotar com vida eterna, mas condenar os descrentes e impenitentes.” Entretanto, “tal decreto, (...) não é que Deus resolve salvar certas pessoas e, para que Ele possa fazer isso, resolve dota-las com fé, mas que, para condenar outros, ele não os dota com fé”. Segundo o teólogo Dr. Wiley, “a eleição difere da predestinação nisto, que a eleição implica uma escolha, enquanto a predestinação não”.


Continua....em edição>

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