top of page
Foto do escritorJose A. Neves Aquino

DEUS, UMA IDEIA REAL


Pelos caminhos da Teontologia ou Ontoteologia


Pensar Deus num mundo de diversidade e pluralismo religioso, ante a forte negação de sua existência, antagonismo existencial, incongruências e aparentes contradições constitui o desafio do teólogo no século XXI.


No mundo há diferentes ideias e conceitos sobre Deus: uma teologia própria e/ou teontologia, ontoteologia, um discurso ideal sobre o Ser. Ateus, agnósticos, céticos, judeus, cristãos, católicos, budistas, das antigas às modernas religiões, um modo de pensar Deus, peculiar de cada ser humano.


Enquanto a teologia busca compreender Deus sob a cosmovisão cristã, tendo a Bíblia como a fonte exclusiva e reveladora de um Deus diferenciado dos "demais", a Teontologia compreende Deus como Ser, Infinito, uma Ideia Real que se projeta para fora de Si, O Logos, a ideia real











Existe "vários" deuses no mundo, ou diferentes mimenses resignificativas sobre um Deus ideal real, o Ser que não cabe na teologia , filosofia e nem na religião? Se os ateus negam o que "não "existe, logo, negam o que? A ideia de um Ser que é Ideia Real.


Não se pode negar aquilo que "não existe", portanto, a ideia de Deus tem origem numa experiência projetiva que se resignificou em cada civilização, ou seja, se todo objeto tem origem numa ideia que se projeta de um imaginário ideal, a imagem só se reprojeta do subconsciente para o consciente.


Pensando Deus, o Ser, sob a óptica da Teontologia, não reduzimos o conceito judaico-cristão de Deus, pelo contrário, legitimamos a existência de Deus como Ser. A religião judaica constrói o seu próprio conceito de Deus, ao criar o javismo após o Êxodo, desta interpretação distorcida do Ser que revelou-se quanto Ser a Moisés, nasce o teocentrismo hebreu. O Deus único e verdadeiro, é o Deus de Israel.


Partindo da concepção e criação ideal do Deus de Israel, judaico-cristão, constrói-se a teologia moral, é ai que reside o problema de se pensar Deus sob cosmovisão judaico-cristã, o antagonismo latente, incongruências que levaram ao ceticismo, ateísmo e teísmo sob diferentes ideias sobre Deus e Sua existência.


Provocações

"O potencial de valor de uma crença não eleva seu valor de verdade.".








O potencial de valor do ateísmo não eleva o seu valor de verdade. Deus é uma ideia indestrutível, aceitar esta ideia é uma questão de inteligência moral, não só de fé.


Se existe uma ideia, Ela teve uma origem.


Crer que o homem em total perfeição biológica foi uma mutação, e não uma criação, eita ateísta. O mito da criação é uma mimese da ideia que se projetou da experiência com o sagrado e divino. (Otto e Eliade) Não existe nada de anormal, incongruente do que versões do mito sob diferentes perspectivas.


A mimese não copia, retrata, busca exprimir a imagem ideal.


O problema do ateísmo não é Deus, mas, o que falam sobre Deus. A dificuldade do ateísmo não é combater a fé, mas a experiência do ente com o divino. Explicações e complicações, negar a Deus, o Ser, o Criador, por deparar-se com teologia paradoxal das religiões não anula ou torna impossível e improvável a ideia de Deus. Limito-me a Sua incognoscibilidade, não preciso explicar para complicar Aquilo que não posso compreender. Basta-me apenas crer da minha maneira e respeitar a tua maneira de não crer.





12 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page