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Foto do escritorJose A. Neves Aquino

Vocação x Profissão, na Política e Religião.

Essa transição de vocação para profissão acontece quando o sujeito perde a moral, pois a moral nos diz, que, na prática do bem está a completude da realização. Mas prática do bem, é do bem à alguém.


Políticos, advogados, sacerdotes, juízes, iniciam suas atividades profissionais com discursos de vocacionados. Mas é no entremeio da atividade do labor vocacional que se deparam com as barreiras socias; padrões morais e éticos, paradigmas e tradições parecem intransponíveis. Como manter a vocação que é mediada pelo prazer, alegria, certezas, felicidade e paz , se a pessoas está diante dos maiores obstáculos da atividade humana vocacional? Prazer e poder.



Ultrapasso os limites da minha vulnerável condição de ser, com prazer, e rejeito o poder; ou rejeito o poder que me gerará um novo prazer? É lamentável , pois, vê-se na história da humanidade, homens que começaram tão bem e terminaram mal. Uns começaram vocacionados e se tornaram profissionais, outros, começaram profissionais e terminaram vocacionados.


O importante não é começar bem, mas terminar!


Quando olho para o parlamento brasileiro vejo embarasosas figuras que um dia começaram com ideais humanitários. Essas pessoas tinham boas intenções e estavam convictas de que eram vocacionadas. Algumas pessoas não entraram na política por decorrência da atividade social que desenvolviam, mas, acabaram envolvidos pela própria vocação. Contudo, o poder, a vaidade, o status, a fama, a ambição, acabaram matando toda paixão, ardo e amor pela atividade que se destinava a realização de um bem comum, o proximo.


Ao revés, outros entraram porque viram na política a possibilidade de se realizarem, ficarem ricos. Mas, com o passar do tempo se encontram, pois, não existe realização sem que seja com, no outro. Dinheiro deu amigos, mulheres, fama, poder, mas não a paz, a verdadeira felicidade, aquela agradável sensação de segurança emocional, psicólogica que pode ser sentida mesmo vivendo num barraco de tábuas.


No Brasil muitos sacerdotes e políticos perderem a vocação. Você pode não ganhar dinheiro, se tornar rico através da atividade vocacional, ainda que esta seja uma profissão, mas fará com alegria, amor, felicidade, honestidade e dedicação ao próximo. Vocação leva a torna-se para o bem do o outro, a profissão a ganhar-se do outro.


Poucos políticos e sacerdotes permanecem vocacionados ou conseguem manter vocação e profissão de mãos dadas. Profissão exige técnica e arte, habilidade. Vocação, vontade, prazer, querer, abnegação, a vocação se concretiza no outro, a profissão do outro.


Sim, eu temo perder o encanto, o prazer, receio deixar de ser, vivo o presente que remonta o passado, ao futuro incerto a se viver. Um prazer que não gera paz é vício, o ópio da vida.


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